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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Não somos livres


Somos vida, somos amor
ou talvez apenas sonhos, desejos e esperanças...

Um lado de nós tem medo, receio, não se entrega...

O outro lado é maturidade, fica, renasce, atordoa-se na entrega.
Uma parte do nosso amor vive cada minuto,
faz-se presente,
agrada fica feliz em estar.

A outra parte, se nega,
perde juízo, se elimina, tenta de qualquer maneira
não acreditar em tudo.

Nos revoltamos às vezes, por não entender bem o que acontece,
trocamos carinhos
e logo depois nos entristecemos, nos culpamos...
por não estarmos completamente livres ainda.

Mas também,
sentimos a felicidade do encontro,
e com pressa, com entusiasmo,
queremos tudo,
fazemos tudo,
e tentamos não pensar em separação,
pensamos apenas na absoluta entrega
aos prazeres que nos chamam.

Há momento em que nos afastamos de tudo,
e nessa busca por outros caminhos, nos perdemos...

Há momento em que estamos tão juntos,
e tão certos do que sentimos, que acabamos jurando eternidade,
mesmo sabendo que ela não nos permitirá...

Não somos livres, não podemos estar em nossos sonhos...
Você busca a sua estrada, planejada e escrita sem minha presença.

Eu por outro lado,
crio uma paisagem de amor, que sem maturidade
e sem querer aceitar outros meios, o coloco como principal imagem
nesta paisagem...

Agora, aqui, nos abraçamos, lamentando o que a vida pode nos dar,
além de sonhos impossíveis, e de um amor que não pode prosseguir...
Além dos momentos que sentimos felicidade e logo depois
a culpa...

E questionamos o fato, questionamos a vida,
questionamos a sina de cada um de nós...
Choramos, abraçamos, esquecemos de todo o resto,
mesmo que por alguns instantes...


Autoria de: Vilma Galvão

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